segunda-feira, 25 de julho de 2011

A VERDADE QUE LIBERTA

Há uma profunda verdade sob esta frase, que infelizmente está impregnada de dogmas religiosos, e foi vivenciando diversos eventos em minha vida que pude perceber a profundidade filosófico-científico que a frase denota, afinal, nós, com nossas vivências, somos cientistas em potencial.

Vários eventos ocorreram em minha vida e fui, paulatinamente, percebendo que havia algo por trás de cada um deles que precisava ser exaurido, ser compreendido em sua essência.
Saindo dos dogmas de igreja católica, ao qual estava inserida - afinal estudei em colégio de freiras até concluir o ensino médio – e sendo questionadora até o último fio de cabelo, pude perceber que havia algo de errado, muito errado, não com a criação, mas como conduzíamos o viver.

A intensidade com que vivenciava os eventos em minha vida era a minha derrota e também a minha glória, pois, ali, naquelas dolorosas vivências é que pude constatar que a mente não me dava saída, mas no íntimo do meu ser eu sabia que havia uma saída e me desesperava por não compreender.

Como o tempo é relativo, não demorou muito, demorou apenas o suficiente, para eu compreender que a mente, de fato, não me daria saída e a emoção muito menos. Ambos estavam a desserviço da verdade, pois sua missão já não condizia com a grandeza da missão do ser humano.

E o que me colocou de frente a essa compreensão não foi leituras, mas a experiência atenta com a condução daquele que considero meu mestre espiritual – todos precisamos de um mestre que nos indique o caminho da nossa maestria.

Encontrei-me com ele e pedi insistentemente que me concedesse um tempo para conversarmos demoradamente, pois a vivência do meu casamento estava insuportável. Vendo minha insistência ele disse: - me espere amanhã 7h da noite que passarei em sua casa para conversarmos. No dia seguinte, feliz da vida, tomei banho e fiquei na varanda da minha casa aguardando a sua chegada.

Passou meia hora, um hora, uma hora e meia e nada da pessoa. Como tenho grande respeito pelo ser humano decidi ali que não criaria nenhuma espécie de pensamento sobre o assunto, pois se ele não viera tivera algum motivo. Saí, então, andando e respirando (ainda nem sabia o valor da respiração) para evitar gerar pensamentos de alguma espécie. Fui então andando e respirando em direção à orla de Itapuã, bairro que morava na época (haja coragem, pelo avançar das horas de um domingo). Respirei o ar fresco da orla, contemplei as estrelas, senti o cheiro e ouvi o barulho do mar, sentindo a obra do criador. Depois desse exercício de conexão com minha essência voltei para casa com a hora já avançada e me recolhi para dormir o sono dos justos por não julgar a ação do outro.

Passou-se uma semana e nenhuma notícia do mestre. No domingo, sentada na varanda, no mesmo local que o esperava, eis que tive a honra de receber a visita da verdade. Passou pela minha percepção todo o evento do domingo passado e o resultado disso foi a verdade inteira que sofria no casamento porque gerava expectativas. Como a realidade não correspondia às expectativas que eu gerava eu sofria. Mas, se eu não gerasse expectativas seria a glória, ou, se eu até gerasse expectativa mas não gerasse pensamento com aquela expectativa e respeitasse a ação do outro eu não sofreria. Uhuuuuuuuuuu, achei o ouro!

Para completar o aprendizado, nesta mesma semana, fazendo o exercício do “5 S” no departamento que trabalhava, um dos funcionários encontrou um livro que disse ter esquecido há muito tempo na gaveta e me deu de presente. Advinhem qual o assunto do livro? Acreditem! era exatamente sobre essa questão de gerar expectativas, aprofundando aquilo que já estava delineando na minha percepção. Foi um aprendizado fantástico.
Bom, daí posso dizer que amenizei, e muito, a vivência de vítima. 


E as vivências foram acontecendo e eu ficando atenta à “verdade que liberta” que está por trás de todo evento. Só posso dizer que vivenciei muitos eventos com a mesma disposição de saber que havia algo de maior por trás de tudo aquilo que à primeira vista não era agradável e parecia um destino. Qual destino que nada! O destino somos nós que o fazemos!

Hoje descobri mais uma verdade sob um evento em minha vida que vem há um tempo se apresentando de uma forma bonitinha, mas que não se delineava e resolvi compartilhar essa escrita pela felicidade do encontro com mais uma verdade que liberta.

Sem demagogia, hoje me sinto uma pessoa muito livre, pois fui diminuindo a intromissão da mente em querer resolver os assuntos e fui dando espaço para o Amor. E o amor, meus amigos, Ah! O amor: NOS TORNA MESTRES DE NÓS MESMOS.


segunda-feira, 18 de julho de 2011

ESTOU FAZENDO AMOR COM A VIDA

Estou fazendo amor com a vida que não tem gênero, nem sexo, ou algo que equivalha.
Sim, estou fazendo amor com a vida, pois movimento as energias do meu centro da criação e permito-me novas posições na vida, perco o pudor e deixo ir o sistema de crenças que tanto me limita, abraço os potenciais da vida e atinjo o clímax do amor.
Mas o amor com a vida e um amor puro, sem as perversões da mente que nos afasta da Essência e nos deixa na dualidade julgando a vida e negando sua beleza.
Sim, porque a beleza, ela flui da mim, da mais pura essência. Se há beleza em mim, há beleza no meu viver, porque há profundidade, há comunhão.
Amo a vida porque amo a mim mesma, porque amo o que sou. Um amor com face de aprendizado, pois a beleza é estar em amor, aprendendo a amar.
O resultado disso é uma concepção, uma gestação de potenciais e possibilidades que a cada hora se manifesta da forma mais plena como é um parto.
Você, que reprimiu sua energia criadora, por favor, não reprima meu desejo. Deixe-me sentir tesão pelo viver, deixe-me ser sensual, que está afeito a estar desperto, consciente e em estado de soberania.