terça-feira, 9 de junho de 2009

A mecânica da criação que o intelecto não consegue explicar


Tudo na vida é criação. Viver, portanto, é participar do movimento de Criação. Frente a isso, podemos afirmar que somos criadores em potencial e criamos tudo que existe na nossa vida.
É ledo engano acreditar que o Criador determina o que somos e o que temos. Sinto o Criador em mim como um Alento, a Vida. Mesmo nos difíceis momentos em que negamos a vida, Esse Alento Respira e Vive. Simples assim.
Já observamos um bebê dormindo, como ele respira tranquilamente naquela sua bela inocência? Sinto assim o Criador em mim. E mesmo quando O provoco, O nego, e me revolto, Ele continua lá: Belo e Inocente como aquela criança que respira.
Aí me pergunto: Se o Criador está em mim como um Alento, seria eu, como co-criadora, a responsável por minhas ações? E o meu sentimento e minha razão não se recusam a aceitar.
Bem, então voltemos ao início.
A Vida (O Criador) está disponível para mim. E eu (o co-criador) estou disponível para a Vida. O Criador, que já fez sua Obra, disponibiliza a vida para que eu possa criar.
Frente a isso, partimos do pressuposto de que somos criadores, haja vista que estamos o tempo todo criando o que somos e o que temos. Me dirá, então, você: como assim eu crio o que existe em minha vida? E eu lhe respondo: criando... simples assim.
Vejamos: quando queremos realizar qualquer coisa que temos interesse, que fazemos? empenhamos-nos buscando recursos, pensando, falando com pessoas, pesquisando, enfim, usando de todos os meios disponíveis e cabíveis até que conseguimos realizar. Isso desde as coisas mais simples às mais exigentes. Muitas vezes criamos sem ética, estética ou sem moral, mas criamos.
Criamos a partir do conhecido, o que é a prática mais comum da maioria das criações, tendo em vista que o ser humano vai repetindo normas e padrões, criando em cima do pensamento já conhecido e reproduzindo apenas; o que não deixa de ser uma criação, pois foi desprendido energia para a manifestação.
Criamos, também, a partir do desconhecido e essa é a busca dos maiores criadores: manifestar o fluxo da Fonte, sendo que um número restrito de pessoas fazem isso. Para a manifestação desse tipo de criação a teoria da mecânica quântica dá indícios a partir do salto quântico, que não consegue ser explicado claramente em função das limitações do intelecto humano.
Para dar o salto quântico é preciso sentir, atenção desmedida, intuição e ousar buscar o desconhecido sem parâmetros de interpretação que é o jogo que a mente adora fazer. Mas, frequentente, não conseguimos dar um salto quântico em nossas vidas, em nossas criações, pois há muito entulho e restos de materiais ou mesmos materiais sem uso impedindo o fluxo.
Esse entulho, não raro, dentre outros fatores, está relacionado ao não perdoar e não se perdoar; ao não amar e não se amar.
Quando não perdoamos ou não nos perdoamos existe uma tendência a repetir as encarnações com as mesmas pessoas, em função das exigências da Lei de Evolução que nos impulsiona a evoluir sempre. Assim, deixamos de experimentar o novo em função de sermos impulsionados a compreender o velho e crescer com ele. O perdão é fundamental para desfazer laços kármicos e dar ao ser humano novas oportunidades e, com isso, novas criações.
Quando não amamos e não nos amamos existe uma tendência a realizações sem primar pelo belo, rico e significativo, em função da falta de sentimento da beleza da Criação. Assim, deixamos de experimentar o novo, pois não nos achamos merecedores de coisas belas, ricas e significativas em função de nossa baixa auto-estima e falta de amor pela humanidade.
Eis, portanto, a razão de nossas vidas, ou melhor, nossas criações, não seguirem o Fluxo, ou não nos satisfazerem do ponto de vista da evolução.
Estar amorosamente presente é estar no fluxo da Fonte, é permitir, como co-criador, que o Criador possa se manifestar e, para isso, dar atenção aos entulhos cria uma predisposição para a criação, pois é a partir da atenção que encontramos vias para desobstruir a passagem para o desconhecido e desvelar a sua beleza, riqueza e significação, ou sua ética, estética e moral, ou imaginação, inteligência e consciência, e a nossa vida possa adquirir um novo sentido.
No marco amplo de transformações, as limitações do intelecto não nos permitirão explicar qual a mecânica quântica. Nesse sentido, permita-se seguir o Fluxo, AMOROSAMENTE PRESENTE, pois é Ele que nos indica a direção do pleno êxito e auto-realização, a partir de criações mais belas, ricas e significativas.
Apenas cabe um constante reflexão sobre o tipo de criadores que nos tornamos.
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