terça-feira, 7 de abril de 2009

A MUDANÇA ENERGÉTICA


O homem, esse ser humano foco de estudos da religião, filosofia e ciência, mas que traz no mais profundo do seu ser uma dimensão cuja incógnita não consegue ser desvelada por esses segmentos, busca, a cada dia, encontrar soluções para os seus problemas, assim como resolver os graves problemas sociais que tem assolado toda a superfície terrestre sem distinção de casta, cor, raça, credo, partido político, enfim, sem distinção de nenhuma natureza.
Porém, a dimensão cuja incógnita não consegue ser desvelada, trata-se de uma dimensão de natureza pessoal, cuja senha de acesso somente cada um possui de si mesmo, não podendo ser delegada, doada, emprestada, ou algo que equivalha.
Essa senha de acesso chama-se autoconhecimento, pois somente através do autoconhecimento o ser humano consegue ultrapassar barreiras, ter uma nova conduta, provocar mudanças substanciais em si mesmo, descobrir suas potencialidades, enfim, traçar sempre um novo rumo ou condução para a sua vida.
No que concerne a religião, podemos associar o autoconhecimento à questão do arrependimento, pois, naquele momento que o representante da igreja diz que o indivíduo precisa se arrepender dos pecados para ter a salvação, podemos considerar uma convocação para que ele se autoconheça e, assim, possa ultrapassar a mediocridade que o tem levado a incidir no mesmo erro.
Filosoficamente falando, desde a antiguidade que o grande pensador Sócrates já exortava a humanidade a se autoconhecer com o seguinte pensamento: “Conhece-te a ti mesmo e conhecerás o Universo de Deus”.
Na atualidade, a física quântica convoca o ser humano a enxergar a natureza de uma nova perspectiva que não a dos sentidos físicos e experimentar uma nova forma de vermos a nós mesmos e o mundo, não condicionados por nossa experiência humana.
O grande desafio é tornar-se um humano divino que reconhece que o Divino está em si mesmo. À medida que o ser humano vai saindo da periferia dos seus medos, culpas e apegos, ele vai se reconhecendo como um ser humano que possui uma Divindade e que o templo a ser erigido é em seu próprio ser, pois ao sair do círculo vicioso das eternas reproduções de dogmas, conceitos, (pré)conceitos, vícios - através do autoconhecimento - ele percebe que possui potencialidades, possui virtudes e ao observar a beleza que emana do seu próprio ser é que ele se reconhece como co-Criador e que pode realizar coisas que nunca fora capaz de mensurar.

O planeta hoje está numa velocidade inimaginável e as transformações são ininterruptas. Não obstante, os medos, culpas e apegos estão sendo desafiados a serem vencidos e a partir do momento em que o indivíduo assume a responsabilidade com o autoconhecimento ele possui a capacidade de escolha de um melhor caminho a seguir no sentido de uma evolução mais abreviada e consciente. No entanto, aqueles que fogem do autoconhecimento são convidados pela vida a experimentar a transformação a partir de uma única escolha: aceitar a mesma, sob penas de viver uma vida medíocre e sem sentido. A partir do momento que o autoconhecimento ou a lucidez se faz, ele será capaz de fazer novas escolhas, pautadas na consciência.
Os artifícios outrora utilizados para mascarar a realidade não subsistem mais frente à profunda transformação que vivencia o planeta. E esta mudança está associada a uma nova consciência, considerando que um indivíduo se relaciona com outro indivíduo de energia para energia. Ou seja, sabemos verdadeiramente as reais intenções de uma outra pessoa porque a sentimos em sua inteireza, pois, hoje, não nos relacionamos somente com os cinco sentidos. E aquele que pensa que engana o outro está enganando a si próprio em sua pequenez.
A filosofia, a partir do momento em que pensou demais, deixando de sentir, entrou em crise, a religião, a partir do momento em que subjugou demais ou invés de libertar pelo sentimento, entrou em crise, a ciência quando desprezou ou negligenciou a dimensão subjetiva do indivíduo considerando somente o que era mensurável, entrou em crise.
Entendo que tanto a religião, quanto a filosofia, e mesmo a ciência, da forma como vem conduzindo seus discursos, não darão a resposta para os graves problemas da humanidade, mesmo porque até o presente momento não conseguiram fazê-lo. É preciso que haja um repensar de suas funções em vista dos referidos segmentos estarem tirando o bem mais precioso de cada um de nós: nossa capacidade de ser livres e ser capaz de fazer nossas próprias escolhas.
A maior contribuição que tanto a religião, como a filosofia, bem como a ciência deve dar à humanidade, ao ser humano, individualmente, é ensiná-lo a sentir, prensar e agir de forma consciente, para ser livre, verdadeiramente.