sábado, 19 de março de 2011

Amorosamente presente em si mesmo

Não preciso exibir minha soberania ao outro tentando resolver os seus problemas ou salvá-lo de si mesmo; tampouco preciso usar da minha soberania para salvar o mundo, afinal, o outro se ainda não é soberano um dia se tornará; ele apenas precisa saber que é possível ser soberano e tudo é uma questão de reconhecimento, de despertamento.


Posso ser tão soberana em mim mesma que ajude o outro a lembrar-se da sua própria soberania e, por conseguinte, possa promover a sua própria transformação, sua própria alquimia.

No entanto, esse é um trabalho do desperto de alta periculosidade, de alto risco; risco este que pode vir tanto da parte do outro, como de si mesmo, destarte, exige atenção plena e vigilância desmedida e qualquer vacilo compromete a existência de ambos.

Para evitar tal desventura, ao desperto cabe muito mais a responsabilidade nesta relação; ele deve amar-se tão profundamente que ao invés de o outro tornar-se preso à energia do desperto, queira somente, ardentemente, promover sua própria transformação.

Por isso que dizem que o amor é o remédio para todos os males, só esqueceram-se de dizer que é estar amorosamente presente em si mesmo, pois quem se ama profundamente, sabe respeitar, cuidar e acima de tudo, ter compaixão pelo outro e isso é resultado do amar, conjugado, principalmente, na primeira pessoa do singular.

Sabe qual a melhor notícia? Todos somos despertos em uma dimensão que seja, todos deixamos fluir o amor, em uma dimensão que seja. O maior desafio de cada um de nós é aceitar a soberania e isso é questão de escolha consciente.

Por isso para estar Amorosamente Presente no mundo exige Estar Amorosamente Presente em si mesmo para descobrir a soberania que existe em si e viver sendo a expressão do EU SOU.

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